segunda-feira, 19 de maio de 2014

O BRASIL EXPLICANDO EM GALINHAS

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

D - Delegado
L - Ladrão

D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

L - Não era para mim não. Era para vender.

D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

L - Mas eu vendia mais caro.

D - Mais caro?

L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

D - Mas eram as mesmas galinhas, safado..

L - Os ovos das minhas eu pintava.

D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...)

D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..

D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?

L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada.
Depois perguntou:

D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

L - Às vezes. Sabe como é.

D - Não sei não, excelência. Me explique.

L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...


Luis Fernando Veríssimo.
Autor: Luis Fernando Veríssimo. 

Folha do Delegado

domingo, 11 de maio de 2014

COMO A HISTÓRIA DAS MULHERES MUDOU SOB O REGIME ISLÂMICO

O Alcorão é muito mais tolerante com as muçulmanas do que as culturas e os governos de onde vivem. Saiba como mudou, ao longo da História, a condição da mulher no Islã


Eduardo Szklarz | 01/07/2010 11h37

Em meados de 2006, uma jovem de 19 anos estava no carro de um conhecido na província de Qatif, na Arábia Saudita, quando sete homens a sequestraram e estupraram. Ela denunciou o ataque, com o apoio do marido, e os agressores, julgados, receberam penas de dois a nove anos de prisão. Mas a vítima não foi poupada. Acabou condenada ao açoite - 90 chibatadas - por estar no veículo de um homem que não era seu parente. Após apelar da sentença, a Garota de Qatif sofreu punição ainda maior: 200 chibatadas e seis meses de cadeia por tentar influenciar a Justiça através da mídia. Em dezembro de 2007, o rei saudita Abdullah a perdoou, mas garantiu que o resultado do processo fora justo.




O véu costuma ser usado na presença de homens que não sejam da família (Ilustração Vanessa Reyes)

No mesmo mês, um crime familiar comoveu o Canadá. Muhhamad Parvez, um taxista de origem paquistanesa, foi preso acusado de matar a filha Aqsa, de 16 anos. Segundo seus colegas de escola, em Toronto, ela era ameaçada pelo pai por se recusar a usar o hijab (véu islâmico). Já os líderes da comunidade muçulmana atribuíram o caso à violência doméstica, sem nenhuma relação com o Islã, e acusaram a imprensa de associar sua religião com a opressão feminina. 

Episódios como esses são apenas a parte mais visível dos conflitos vividos por mulheres muçulmanas. Desde os anos 1990, várias delas decidiram romper tabus - e arriscar a pele - ao revelar sua trajetória em livros traduzidos no Ocidente. É o caso da paquistanesa Tehmina Durrani, que narrou os abusos impostos pelo marido em My Feudal Lord ("Meu Amo e Senhor", de 1993, sem edição no Brasil), e da somali Ayaan Hirsi Ali, que acusa o Islã de sexismo em Infiel (2006).

Para muitos historiadores, porém, é apressado concluir que ocorrências desse tipo resultam da religião islâmica. O véu e o isolamento feminino já eram comuns na Arábia antes de Maomé fundar ali a sua fé, no século 7. Preconceito e violência contra a mulher existem em todas as culturas e religiões, inclusive no Brasil, e o credo não parece ser um fator determinante. Hoje, o Islã é tão diverso quanto 1,5 bilhão de pessoas e 57 países podem ser. Afinal, como evoluiu o papel da mulher muçulmana? De onde vêm as tradições que a diferenciam do homem?


Antes de Maomé


O Islã não aconteceu num vácuo. Ele foi influenciado por crenças e costumes das tribos que habitavam o Oriente Médio antes do nascimento do Profeta, em 570. A divisão usual de trabalho entre os sexos masculino e feminino, por exemplo, existia desde a invenção da agricultura e a criação de animais, em cerca de 10 mil a.C.

 Em geral, elas cuidavam das tarefas domésticas, enquanto eles monopolizavam a política, a economia e a religião. Judias, árabes, gregas e bizantinas usavam diferentes tipos de véu, sobretudo as da elite urbana. Segundo a antropóloga Paula Holmes-Eber, da Universidade de Washington, as civilizações da Mesopotâmia já ostentavam a peça havia pelo menos 4 mil anos. 

No início, o véu estava mais associado com a classe do que com a religião - obrigatório para ricas e proibido para pobres e escravas. Cobrir o cabelo e partes do corpo e da face era um símbolo de status.

Na península Arábica, as nômades tinham mais autonomia para trabalhar e até lutavam em guerras. Nas cidades, havia maior submissão: os poderosos construíam haréns com várias esposas e escravas. Apesar das diferenças, os homens do Oriente Médio tinham uma preocupação em comum: a sexualidade da mulher. "Cada vez mais interessados em garantir a paternidade e a pureza da linhagem, eles aumentaram o controle sobre as ações delas", diz a historiadora Nikki Keddie, da Universidade da Califórnia. "Na Assíria do ano 2000 a.C., por exemplo, só os homens podiam se divorciar e ter herança."

Primeiros direitos

Para a maioria das tribos árabes, a honra do homem dependia da fidelidade da esposa. Mulheres suspeitas de fornicação ou adultério podiam ser mortas por parentes. Esses "crimes de honra" continuariam em menor número após o advento do Islã - embora não estejam previstos em nenhuma passagem do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Isso mostra como tradições tribais permearam a nova religião. 

Ela também absorveu visões patriarcais do judaísmo e do cristianismo. O Alcorão não culpa Eva pela expulsão do Paraíso, mas compartilha a responsabilidade com Adão - um avanço em relação à Bíblia. No entanto, aos poucos, os juristas islâmicos incorporaram visões pecaminosas sobre a mulher e a homossexualidade.

Historiadores concordam que a fundação do Islã, há 14 séculos, melhorou a condição das mulheres que viviam na Arábia. Mas o grau dessa mudança gera debate. "A religião deu a elas o direito de ter propriedade, herança e educação e escolher com quem se casar", diz a historiadora Yvonne Haddad, da Universidade de Georgetown. "O Alcorão, contudo, santificou direitos superiores aos homens", afirma Nikki Keddie.

 Entre eles, o de punir uma mulher desobediente (mesmo bater), o direito de ter até quatro esposas (desde que pudesse sustentá-las), a ideia de que se deve obediência ao marido (inclusive na cama) e a de que a herança da filha é a metade da devida ao filho. O direito de agredir está expresso assim nas escrituras: "Aquelas de quem temeis a rebelião, exortai-as, bani-as de vossa cama e batei nelas. Se vos obedecerem, não mais as molesteis".

Graças ao Alcorão, as noivas puderam receber dote de casamento, divorciar-se e casar de novo. O texto sagrado também proibiu os pais de matarem as filhas indesejadas, uma prática comum até então. E protegeu as mulheres da difamação. Para acusá-las de adultério, passaram a ser exigidas quatro testemunhas.

Parte dessa evolução talvez se explique pela importância que as mulheres tiveram na vida de Maomé. A primeira de suas 11 esposas (existe controvérsia sobre esse número. Há quem afirme que foram 13), Khadija, era uma viúva rica que o empregou e lhe propôs casamento. Ela tinha 40 anos, e ele, 25. 

Seu apoio foi essencial para que o profeta tivesse segurança no início da trajetória. O casamento foi monogâmico - bem ao gosto dela. Após a morte de Khadija, ele se casou com diversas mulheres, entre viúvas e filhas de amigos. Aisha, a preferida, tinha 9 anos quando disse "sim". Ela exerceu uma grande influência na tradição islâmica após a morte de Maomé, em 632. É citada como a fonte de muitos hadith, as narrativas sobre palavras e hábitos do Profeta.

O historiador Bernard Lewis, da Universidade de Princeton, diz que a reforma promovida pelo Alcorão foi um avanço, mas não tirou a mulher de sua posição inferior. "A escrava solteira estava à disposição carnal do senhor. A mulher livre podia ter escravos, mas não exercer esses direitos sobre eles", afirma.

 "No caso de crimes religiosos, as mulheres recebiam penas menos severas, como prisão e açoitamento, em vez de execução. Isso, porém, aos olhos do jurista, era sinal de inferioridade, e não de privilégio." Segundo Lewis, a inferioridade já existia no judaísmo e no cristianismo. 

"Embora aceitassem a igualdade dos seres humanos, as três religiões limitaram seu desfrute pleno aos homens da mesma fé, livres e adultos." Ou seja, sempre houve a ideia de que o infiel, o escravo, a criança e a mulher eram subalternos. Os três primeiros tinham solução: o escravo podia virar liberto, o ateu podia se converter e a criança chega à vida adulta. "Só a mulher era condenada à inferioridade", diz ele.

A expansão

Se o Alcorão beneficiou as mulheres da Arábia, é verdade também que seus direitos foram erodidos à medida que os exércitos de Alá conquistaram o resto do Oriente Médio, o norte da África e partes da Europa e da Ásia. Ao se espalhar, o Islã incorporou costumes tribais de cada lugar. E as escrituras começaram a ser interpretadas de uma maneira mais machista com base nas tradições locais.

Foi o que aconteceu na dinastia dos omíadas (661-750) e na de seus sucessores, os abássidas (750-1258). Elas transformaram o Islã num caldeirão de culturas, que incluía indianos, chineses, europeus e africanos. No início da expansão, o progresso militar, econômico e filosófico foi tão grande que ficou conhecido como Idade de Ouro da religião. As mulheres, porém, foram progressivamente excluídas da vida pública.

 "A partir do século 8, os califas (sucessores de Maomé) começaram a isolar suas esposas e criar haréns com elas e as escravas, prática seguida por ricos e poderosos", afirma Nikki Keddie. 

O véu também virou regra. "Ao longo da vida de Maomé, o véu era usado apenas por suas esposas. A adoção se generalizou por uma combinação de fatores: a conquista de áreas onde ele era comum na classe alta, o influxo de riqueza, a elevação do status dos árabes e o fato de que as mulheres do profeta eram exemplo", diz Leila Ahmed, professora de estudos sobre a mulher na Universidade de Harvard.

As amarras só afrouxaram no domínio dos mamelucos. Originários da Ásia Central, eles eram guerreiros islamizados que haviam sido escravos nas tropas dos califas. Em 1250, tinham acumulado força suficiente para bloquear o avanço dos mongóis no Oriente Médio e criar seu próprio império. Quem o fundou, aliás, foi uma mulher: Shajarat al-Durr, viúva do sultão egípcio As-Salih Ayyub.

Em 1517, uma nova potência islâmica tomou a dianteira: o Império Turco-Otomano. Os sultões otomanos ergueram o último califado (estado islâmico centralizado), que ia do norte da África ao sul da Rússia. Ao longo de quatro séculos, a situação das mulheres variou bastante nessas terras. 

Em geral, elas eram defendidas dos abusos do governo graças a um equilíbrio de poder entre os sultões (chefes da política e da guerra) e os eruditos (guardiões da Sharia, a lei islâmica). "Os governantes não podiam oprimir os cidadãos nem violar as leis de Deus, guardadas pelos juristas", diz Noah Feldman, professor de direito da Universidade de Harvard. 

Para ele, esse equilíbrio tornou o Estado islâmico legítimo ante seus cidadãos. Mas a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra gerou uma reviravolta: o califado chegou ao fim e as terras do Islã viraram colônias dos países ocidentais. Logo alcançaram a independência - a maioria na forma de ditadura. Foi quando a situação da mulher piorou para valer.

Espectro islâmico

No século 20, dois acontecimentos sacudiram a religião: a adoção da ideologia extremista wahabismo pela Arábia Saudita, nos anos 1920, e a revolução islâmica do Irã, em 1979. O wahabismo inspirou a Al Qaeda e o regime dos talibãs, no Afeganistão, além de ser ensinado em mesquitas e escolas corânicas (madrassas) pelo mundo.

O regime dos aiatolás segregou as mulheres nos ônibus, passou a idade mínima para casamento de 18 para 9 anos e condenou adúlteras e prostitutas à morte por apedrejamento (um costume do judaísmo dos tempos bíblicos). "Milícias armadas patrulhavam o comportamento das mulheres nas ruas. Um vestígio de maquiagem e eles vinham, implacáveis", disse Azar Nafisi, autora de Lendo Lolita em Teerã em entrevista à VEJA.

Hoje, o Islã é um espectro que vai da Turquia (secular) à Arábia Saudita e ao Irã (teocracias), passando por casos intermediários, como Marrocos, Egito, Mali e outros 51 países onde a lei islâmica se mescla com as leis modernas. Assim, em muitos deles, a religião e o Estado são uma coisa só. 

Quem interpreta e aplica a Sharia são autoridades locais - o que dá margem a exageros e impede que cada pessoa seja livre para seguir a fé como bem entender. Isso explica por que as mulheres devem andar completamente cobertas em Cabul e não podem dirigir na Arábia Saudita (veja o mapa), diferentemente do que se percebe na Jordânia, onde a rainha Rania não usa o véu.

"Nos países guiados pela lei islâmica, não há polícia para proteger a mulher no caso de violência doméstica. Espera-se que ela seja protegida do caos externo pelos homens da família", diz a turca Didem Ozdemir. "Ninguém sabe se a Sharia consiste em práticas e palavras reais do Profeta ou se foi ajustada num sistema de opressão que funciona para o interesse de poucos."

 Especialista em questões gênero, ela sustenta que essa estrutura justifica a violência doméstica: se um homem bate na mulher, é porque ela fez algo errado. "Na Turquia, as lei são modernas e as agressões são proibidas. Mas, no passado, vimos policiais dizendo a uma mulher machucada que voltasse à casa e desse outra chance ao marido, pois seria ele seu guardião."

No entanto, Ozdemir lembra que a relação entre violência e religião não é tão direta - especialmente no Oriente Médio, onde os costumes não religiosos é que podem ser opressivos: "Muita gente não sabe dessas tradições e acha que é tudo parte do Islã.

 A violência deriva de uma hierarquia sofisticada, criada por costumes e apoiada na religião." Segundo ela, números sobre as agressões contra muçulmanas são imprecisos (denúncias são raras e ONGs às vezes exageram nas cifras), mas estima que os casos sejam bastante comuns.

Relatório do Fórum Econômico Mundial sobre a disparidade entre homens e mulheres, o Global Gender Gap Report (2009) mostra que, dos 20 países onde é maior a desigualdade entre os gêneros, 19 são muçulmanos. 

Os dados avaliam diferenças de acesso a educação e saúde e o espaço na política e na economia. Dos 134 listados, os piores são Iêmen, Chade, Paquistão e Arábia Saudita. O Brasil está em 81o lugar, atrás de, entre outros, Argentina (24o) e Islândia (1o).

Não foi só o fundamentalismo que sacudiu o Islã no século 20. Um movimento bem mais silencioso começou a pressionar pela liberalização das leis sobre o universo feminino. A iniciativa levou à eleição de três governantes mulheres a partir dos anos 1980: Benazir Bhutto (Paquistão), Tansu Ciller (Turquia) e Megawati Sukarnoputri (Indonésia). O "feminismo muçulmano" é o capítulo mais recente dessa história. O termo foi cunhado nos anos 1990, na esteira da 4a Conferência da ONU sobre a Mulher, em 1995.

Há três correntes de feministas muçulmanas. A primeira, que inclui a americana Amina Wadud, aborda o papel da mulher sem romper com a tradição do Islã (defende, por exemplo, a maior participação feminina nos serviços religiosos). A segunda corrente busca a mudança pelas ideias seculares, como é o caso da indiana Asra Nomani, para quem homens e mulheres deveriam se sentar juntos nas mesquitas. A última alega que o credo impõe aversão à mulher. Sua expoente é a somaliAyaan Hirsi Ali.

Muitas muçulmanas não se sentem oprimidas. "Ayaan lucra com as críticas ao Islã. Outras informantes internas (alguém da própria religião que difama) andam muito populares porque reforçam estereótipos que a imprensa quer perpetuar", diz Yvonne Haddad. E quem diria: demonizada no Ocidente, a Sharia tem um enorme apelo entre jovens islâmicos.

 "Hoje, 66% dos egípcios, 60% dos paquistaneses e 54% dos jordanianos dizem que ela deveria ser a única fonte de legislação em seu país", afirma Noah Feldman. O véu tampouco é um problema para boa parte das mulheres. Ao contrário. O que os ocidentais podem definir como "submissão", elas chamam de "identidade".

Fundamentais

Elas ajudaram a construir o Islã ou a redefinir o papel da mulher

Khadija (555-619)

A esposa de Maomé era uma viúva rica que o empregou e pediu em casamento. O apoio dela, a primeira a se converter, foi essencial para que ele iniciasse sua trajetória de líder religioso e político.

Fátima (605-632)


Quinta filha de Maomé com Khadija, ela é tida como exemplo de pureza e moral. Sua adoração é grande especialmente entre os xiitas, já que era mãe de Husain ibn Ali um dos líderes "infalíveis" do xiismo, o ramo minoritário do Islã (xiitas e sunitas discordam sobre quem foram os verdadeiros sucessores do Profeta).

Aisha (614-678)


Era a esposa preferida do Profeta. Foi ao seu lado que ele teve a maioria das revelações que estão no Alcorão. Ela combateu em guerras e influenciou o Islã como fonte de muitos hadith.

Wallada bint Mustafki (994-1091)

Filha de um califa de Córdoba, ela chamava a atenção por andar nas ruas sem o véu, mostrando os cabelos loiros e os olhos azuis. Foi uma das poetisas mais importantes da Andaluzia e lutou pela liberdade da mulher em pleno século 11.


Razia al-Din (1205-1240)


Integrante da dinastia dos turcos seljúcidas, foi provavelmente a primeira governante mulher da história islâmica. Liderou o sultanato mameluco de Délhi, na Índia, a partir de 1236, e ficou conhecida como Razia Sultana.

Shajarat al-Durr (?-1259)

De origem turca, ajudou a derrotar os guerreiros cruzados no Egito e se tornou sultana do Império Mameluco, uma das potências islâmicas que mais deram espaço à mulher na vida pública.

Roxelana (1510-1558)


Filha de um sacerdote ortodoxo ucraniano, foi capturada pelos tártaros e levada como escrava para o harém do sultão otomano Suleiman, o Magnífico. Tornou-se sua esposa e inspirou pintores e músicos no Islã e no Ocidente.

Benazir Bhutto (1953-2007)

Primeira mulher eleita para chefiar o governo de um Estado islâmico moderno. Foi primeira-ministra do Paquistão duas vezes e sofreu perseguição dos militares, acusada de corrupção. Morreu assassinada por um terrorista.



Clique no inforgráfico para ampliar (Ilustração Vanessa Reyes)


Saiba mais

Livros

Infiel, Ayaan Hirsi Ali, Companhia das Letras, 2006


O relato de uma mulher que sofreu repressão na Somália, elegeu-se deputada na Holanda e hoje vive com guarda-costas por denunciar a submissão da mulher no Islã.


Women in the Middle East: Past and Present, Nikki Keddie, Princeton University Press, 2007


A historiadora volta 1400 anos no tempo para analisar a condição da mulher no Oriente Médio antes e depois da religião fundada por Maomé.


Site

www.mwlusa.org

O site da Liga de Mulheres Muçulmanas dos EUA traz artigos sobre sexualidade, casamento, divórcio e violência doméstica, além de sugestões de links, filmes e livros.


Post-Scriptum

Tirando o véu do preconceito

A visão estereotipada do Ocidente sobre as mulheres muçulmanas

Nenhum tema é tão controverso quanto a questão das mulheres na história da humanidade, sobretudo a da mulher muçulmana. No imaginário popular, elas oscilam entre dois opostos: são belas e sensuais, como nas Mil e Uma Noites, ou são oprimidas e submissas, escondidas sob véus, como surgem no noticiário da TV.

Entre os dois extremos, estão mulheres comuns e reais: mães, esposas, filhas que trabalham e estudam, ocupam espaços na política e nas artes, são economicamente ativas. Se para o escritor paquistanês Tariq Ali não existe um mundo muçulmano monolítico, o mesmo se aplica aqui: a mulher muçulmana é plural, reflete suas condições e posições de acordo com vários fatores, como situação social e país de origem, vivendo os dilemas modernos entre a liberdade e a opressão, o preconceito, a discriminação e o estereótipo. Este tem dupla origem: é a imagem criada pelo Ocidente numa longa tradição do contato entre culturas diferentes, como também decorre da propagação dessa imagem por grupos extremistas radicais, como no Afeganistão, e de governos autocráticos, como o do Irã.

Questões como vestimentas (xador, burca), violência doméstica, apartheid de gênero, mutilação genital, infanticídio e apedrejamento tornaram-se tão prementes no debate sobre as muçulmanas que colocaram a condição feminina no Islã como subalterna. E, na perspectiva ocidental, são cidadãs de segunda classe. Mas os problemas da mulher se repetem em todos os países, islâmicos ou não. As causas estão sobretudo ligadas às condições socioeconômicas e de acesso à educação. Independentemente do credo, as mulheres sempre lutaram para garantir seus direitos. Discriminação e preconceito existem em todas as culturas e tradições religiosas, ainda que devam ser analisadas muito mais como má interpretação dos preceitos de cada crença.

O Ocidente enxerga o Islã como uma fonte de violência e fanatismo e, assim, vincula a opressão contra a muçulmana à sua fé. Supostos eruditos da religião e da interpretação do Alcorão e da Sunna reforçam essa perspectiva ao incentivar costumes errôneos e leis injustas, muitas vezes, negando direitos e condições garantidos ao sexo feminino pelos mesmos textos sagrados. A situação da mulher no Islã é interpretada por certas correntes, em regiões distintas, para justificar a sua posição inferior determinada por governos autoritários.

Muitas vezes, essa tem sido no Ocidente a única faceta para tratar das muçulmanas. O que se verifica aí é a necessidade da civilização ocidental de reafirmar sua superioridade sobre o resto do mundo e justificar a dominação ideológica ou de fato, como afirmou o escritor Edward Said, em Orientalismo: o Oriente como Invenção do Ocidente. Para o intelectual e ativista, palestino e cristão, desde fins do século 17 até hoje, forja-se uma imagem do Oriente e do oriental como o "outro", o diferente, o oposto ao ocidental. 

Essa visão, em especial sobre os islâmicos, se construiu nas artes, na política, na mídia e em outras formas com atributos como excêntrico, sensual, passivo, atrasado, cruel, decadente, ignorante, preguiçoso, violento. As muçulmanas aparecem como domináveis, submissas e exóticas, desconsideradas as diferenças nacionais e culturais. Já a mulher ocidental é caracterizada como "independente", "dona do seu corpo", que goza de plenos direitos civis. 

Ainda que seja a leitura que o Ocidente faz de si mesmo, ela não representa a realidade da grande maioria das mulheres, submetidas a graves problemas sociais e inferiorizadas em relação aos homens em várias situações, como profissionais e econômicas. 

É importante lembrar que, historicamente, muitos dos direitos conquistados por meio de lutas e manifestações pelas mulheres ocidentais em tempos recentes foram garantidos nos primórdios do Islã às muçulmanas, como votar, divorciar-se, herdar e gerir suas economias, escolher marido, decidir sobre o uso do véu, estudar e trabalhar. 

No lugar de seguir estigmatizando o Islã e os muçulmanos, reforçando preconceitos e anulando a diversidade cultural, o Ocidente deveria repensar a si mesmo e suas concepções sobre o status da mulher em suas próprias nações.

*Samira Adel Osman é muçulmana e professora de História da Ásia da Unifesp

terça-feira, 6 de maio de 2014

COMO O ESTABLISHMENT DOS EUA QUER APRESENTAR O QUE ACONTECE NA UCRÂNIA

O establishment norte-americano sempre chamou seus adversários de Hitler. Agora, chegou a vez do presidente russo Vladimir Putin ser apresentado como tal.

Atualmente, o establishment (estrutura de poder financeiro, econômico, político e midiático) norte-americano, ou seja, o 1% que governa o país (com a assistência de outros 9%), está tentando criar uma leitura do que está acontecendo na Ucrânia, onde a responsabilidade pelas tensões – que poderiam desembocar em um conflito mundial – é das aspirações imperialistas da Rússia, presidida pelo sr. Putin, quem a ex-secretária Hillary Clinton e o senador John McCain definiram como o novo Hitler.
 
 E mostram a anexação da Crimeia como uma prova irrefutável disso. E os maiores meios de comunicação espanhóis, conhecidos por seu servilismo e docilidade com esse establishment midiático, reproduzem, sem fissuras, tal percepção.

Vamos por partes, começando pela equiparação de Putin a Hitler. Primeiramente, é preciso destacar, como bem afirma o professor Floyd Rudmin (de família ucraniana, certamente), da Universidade de Tromsø, na Noruega, em seu artigo “Viewing the Ukraine Crisis From Russia’s Perspective”, do qual tiro muitos dos dados que apresento neste artigo, o establishment norte-americano (a partir de agora EUA-NSA) sempre chamou seus adversários de Hitler.
 
 Hillary Clinton definiu Assad como Hitler, John McCain chamou Fidel Castro de Hitler, George Bush fez o mesmo com Saddam Husein e Donald Rumself também chamou o presidente Chávez, da Venezuela, de Hitler. No passado, figuras dos EUA chamaram de Hitler o presidente Allende, do Chile, Ortega (Nicarágua), Arafat (Palestina)... e uma longa lista de dirigentes. E o último da lista é o sr. Putin.

Classificar o presidente da Rússia como Hitler já alcança nível recorde, mostrando o grau de ignorância e de insensibilidade dos EUA, pois foram a Rússia e as outras repúblicas da União Soviética que derrotaram Hitler. Ao contrário do que Hollywood mostrou, as tropas nazistas foram derrotadas predominantemente pelas tropas da União Soviética e não pelas dos Estados Unidos. Aqui estão os dados que comprovam.

Em 1941, Hitler criou o maior exército que já existira na Europa, com 3.2 milhões de soldados alemães e 500 mil soldados da Itália e da Romênia. Esse exército invadiu a Rússia e o resto da União Soviética. 
 
Nunca conseguiu conquistar Moscou, nem Leningrado, nem Stalingrado, nem os campos de petróleo do Mar Cáspio. As mortes russas e soviéticas foram enormes. Foram 13 milhões de soldados e mais de 20 milhões de civis. Somente na localidade de Leningrado houve 1.2 milhões de civis e 200 mil soldados mortos. Em contrapartida, o número de mortos norte-americanos durante toda a Segunda Guerra Mundial foi de 418 mil soldados e apenas dois mil civis.

Foram a União Soviética e o Exército Vermelho que primordialmente derrotaram Hitler e o nazismo, como bem lembrou Winston Churchill. Depois da derrota nazista em Stalingrado em fevereiro de 1943 e na batalha de Kursk em agosto do mesmo ano, a Alemanha começou a perder a guerra. 
 
O dia da vitória final aconteceu apenas um ano depois. Ao terminar o conflito, 90% de todos os mortos causados pelo Exército nazista eram cidadãos soviéticos, russos em sua maioria. O fato de os EUA chamarem atualmente o presidente da Rússia de Hitler rebaixa qualquer fronteira da decência que deveria vigorar inclusive entre adversários. Os EUA exerceram um papel menor na derrota de Hitler na Europa (sua maior contribuição foi no Pacífico).

Quem é mais imperialista?

Se analisarmos o mapa de bases militares no mundo, podemos ver que existem bases militares norte-americanos por todo o globo, especialmente ao redor da Rússia e da China. Não há bases militares russas ao redor dos EUA e há muito poucas fora da Rússia. São dados fáceis de comprovar. Quem tem, portanto, mais anseio de expandir seu peso militar e sua influência? Não há dúvidas de que o governo federal dos EUA é o mais expansionista.

Na verdade, um dado deliberadamente ignorado na mídia norte-americana é que, quando o então presidente da União Soviética, o sr. Gorbachev, aceitou a reunificação da Alemanha, o fez com uma condição – aceita pelos EUA (governo de George H. W. Bush) e pela Alemanha (chanceler Kohl, pai da unificação alemã) - que a OTAN não se expandisse para o Leste, o que não foi respeitado.

Expandiu-se, na verdade, para cercar ainda mais a Rússia. E, conforme conversas telefônicas interceptadas e publicadas registraram, havia um plano (explicitado por Victoria Nuland e Geoffrey Pyatt) do Departamento de Estado para trocar o governo democraticamente eleito da Ucrânia por um governo títere (como já aconteceu).

Não é, portanto, surpreendente que o governo russo, no recente Tratado de Genebra, ressalte a necessidade de a Ucrânia não se transformar em membro da OTAN, o que continua sendo um desejo dos EUA. Conforme afirma o professor Rudmin, a Rússia foi invadida constantemente em sua história, sendo a última delas a invasão nazista. Os EUA nunca sofreram uma invasão em seu território.

E por último, está a anexação da Crimeia como mostra do suposto imperialismo russo. E a melhor maneira de responder a essa suposta prova de imperialismo soviético é olhar para a própria história dos EUA. Em 1835, os norte-americanos (camponeses em sua grande maioria) que estavam no território mexicano do Texas, sentiram-se ameaçados pelo governo mexicano, governo do Estado a que pertenciam. Tal ameaça forçou que esses cidadãos pedissem a independência e negociassem mais tarde sua anexação aos EUA.
 
 O governo dos EUA deveria se lembrar de sua história e, portanto, compreender que, se os cidadãos russos da Ucrânia se sentiram ameaçados quando o novo governo da Ucrânia liderou um golpe contra um governo corrupto – mas democraticamente eleito – e tomou medidas ameaçadoras contra a população russa, eles se tornaria independente e pediria depois sua anexação e união à Rússia. Na realidade, a Crimeia já havia sido russa durante 170 anos, o que explica ainda mais seu desejo de união com a Rússia.

Bem, encerro acrescentando um pedido. Que o leitor distribua amplamente meus artigos sobre a Ucrânia (“Lo que no se está diciendo sobre Ucrania”, “Lo que no se está diciendo sobre Ucrania. Parte II”; “Las falsedades de los mayores medios españoles en su cobertura de Ucrania”; e “El silenciado movimiento de tropas estadounidenses cerca de Ucrania”, visto que a falta de diversidade dos meios de comunicação explica que se esteja criando uma histeria que pode nos levar a uma Terceira Guerra Mundial. Acreditem em mim, pois isto é possível. Daí a necessidade de a população se informar, o que não está acontecendo. Por favor, façam isso!
(*) Catedrático de Políticas Públicas da Universidade Pompeu Fabra e Professor de Políticas Públicas da Universidade Johns Hopkins.

Tradução: Daniella Cambaúva

Texto original: CARTA MAIOR

segunda-feira, 5 de maio de 2014

McCAIN PIDE A WASHINGTON QUE ASIGNE 100 MILLIONES DE DÓLARES EN AYUDA MILITAR PARA KIEV



Foto ao lado: O banqueiro judeu sionista Arseniy Yatsenyuk, primeiro ministro da Ucrânia, cumprimenta o senador John McCain, fantoche dos judeus sionistas norte-americanos.

Los miembros del partido republicano de EE.UU. proponen al Senado del país que se destine ayuda militar por valor de 100 millones de dólares, según ha declarado el senador republicano John McCain.

"Un grupo de senadores republicanos propone aprobar la ley para asignar ayuda militar a Ucrania por valor de 100 millones de dólares", ha declarado McCain al canal ucraniano Inter. El senador cree que la ley será aprobada.
"Estoy seguro de que aprobaremos la ley, pero vamos a tardar tiempo en hacerlo y el tiempo juega en nuestra contra, por lo que aún esperamos convencer al presidente Barack Obama de que envié ayuda militar", dijo. 

El secretario de la Federación Musulmana de España, Yusuf Fernández, tacha la postura de EE.UU. de cínica por ayudar a Kiev en su operación en el este. 

"Parece ya confirmado que en Sláviansk hay ciertos mercenarios que hablan inglés con acento norteamericano y que están apoyando esta revuelta. Por tanto, yo creo que EE.UU. tiene una postura cínica. Por un lado niega que esté apoyando a nadie en Ucrania, como dijo Obama recientemente, pero al mismo tiempo está dando apoyo a las autoridades ucranianas para que lleven al cabo esta ofensiva y esta represión contra la población. […] EE.UU. está incumpliendo el acuerdo en Ginebra y las consecuencias son catastróficas para la población ucraniana". 

El diario alemán 'Bild' informó recientemente que en Kiev operan decenas de agentes de la CIA y del FBI que asesoran a las actuales autoridades de Ucrania acerca de qué pasos dar para reducir la escalada de la violencia en el sureste del país. 

Durante las protestas que tuvieron lugar en Kiev este invierno EE.UU. mostró reiteradamente su apoyo a los manifestaciones que desencadenaron un golpe de Estado, después del cual apoyaron firmemente al Gobierno autoproclamado de Kiev. 

Varios políticos estadounidenses han visitado Ucrania durante los últimos meses, entre ellos el mismo senador John McCain y el jefe de la CIA, John Brennan. La Cancillería rusa advierte que en Ucrania podrían actuar mercenarios de empresas militares privadas de los EE.UU., algo que Washington niega.


Actualidad RT

domingo, 13 de abril de 2014

SENADOR DO EUA DENUNCIA: '' O QUE QUEREM OS SIONISTAS IRMÃOS KOCH ?''

Bernie Sanders, Senador [Independente] pelo estado de Vermont, EUA - Tradução: Vila Vudu
Como resultado da desastrosa decisão “Cidadãos Unidos” da Suprema Corte, bilionários e grandes empresa podem agora gastar quantidades ilimitadas de dinheiro para influenciar o processo político.

Talvez os maiores vencedores no caso “Cidadão Unidos” sejam Charles e David Koch, proprietários da segunda maior empresa privada dos EUA, as Indústrias Koch.

Dentre outras coisas, os irmãos Koch são proprietários de refinarias de petróleo no Texas, Alaska e Minnesota e controlam 4 mil milhas de oleodutos.

Segundo a revista Forbes, os irmãos Koch valem hoje 80 bilhões de dólares; só no último ano, a fortuna deles cresceu 12 bilhões.

Para os irmãos, a fortuna de 80 bilhões de dólares, ao que parece, ainda é pouco. Serem donos da segunda maior empresa privada dos EUA ainda é pouco. Ao que se está vendo, só se darão por satisfeitos quando controlarem completamente todo o processo político.
É fato bem conhecido que os irmãos Koch são a principal fonte de dinheiro para o Tea Party e estão contra o “Affordable Care Act”.

O que mais querem os irmãos Koch?

Em 1980, David Koch concorreu à vice-presidência, candidato pelo Partido Libertarista-EUA [orig. Libertarian Party].[1] 

Examinemos a plataforma do Partido Libertarista-EUA, em 1980. 

Aqui, apenas alguns itens da plataforma do Partido Libertarista-EUA, que David Koch defendia em 1980:

– “Somos contra o financiamento público de campanhas eleitorais e pela imediata extinção da despótica Comissão Eleitoral Federal.”

– “Somos a favor da abolição de toda a assistência pública à saúde [orig. programs Medicare and Medicaid].”

– “Somos contra qualquer seguro de saúde apoiado por impostos para dar assistência gratuita à saúde, inclusive os que mantêm serviços públicos de aborto.” 

– “Somos a favor da total desregulação de toda a indústria privada de serviços de saúde.”

– “Somos contra o sistema Público de Assistência à Saúde, que é fraudulento, está virtualmente falido e é cada dia mais autoritário e opressor. A adesão à Assistência Social tem de ser voluntária.”

– “Propomos a extinção do Serviço Público de Correios. O atual sistema, além de ineficiente, facilita a vigilância, pelo Estado, da correspondência privada. Exigimos o fim do sistema de monopólio, e que todo o sistema postal seja aberto à iniciativa privada.”


– “Somos contra todos os impostos, pessoais e empresarias, inclusive todos os impostos sobre ganhos de capital.”

– “Apoiamos a rejeição a todos os impostos, de todos os tipos.” 

– “Como medida a ser tomada imediatamente, todas as sanções civis e criminais contra a sonegação de impostos devem ser abolidas.”
– “Apoiamos a rejeição de todas as leis que impedem as pessoas de conseguirem emprego, como as leis o salário mínimo.” 

– “Defendemos a completa separação entre educação e Estado. Escolas coordenadas e comandadas pelo Estado são agentes de doutrinação das crianças e interferem com o direito ao livre arbítrio dos indivíduos. Devem ser imediatamente extintas toda e qualquer propriedade estatal, a operação, a regulação e todos os subsídios a escolas e universidades.”
– “Todas as leis sobre educação compulsória devem ser imediatamente abolidas.”

– “Apoiamos a luta contra todos os impostos aplicados a escolas e universidades privadas, sejam orientadas ao lucro, ou não.”

– “A Agência de Proteção Ambiental deve ser abolida.” 

– “O Ministério da Energia deve ser extinto.” 

– “Devem ser extintas todas as agências governamentais ligadas ao transporte, inclusive o Ministério dos Transportes.”

– “Exigimos que o sistema ferroviário dos EUA seja devolvido à propriedade privada. Todas as estradas, ferroviárias e rodoviárias, devem ser privatizadas.”

– “Rejeitamos e nos opomos a todas as leis que tornam obrigatório o uso do chamado “equipamento de autoproteção”, como cintos de segurança, air bags, ou capacetes.”

– “Defendemos a abolição da Agência de Aviação Civil.”

– “Defendemos a abolição da Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos.” 

– “Apoiamos o fim de todos os subsídios à criação de filhos que há em nossas leis atuais, inclusive os serviços de bem-estar e outros orientados para crianças e mantidos com impostos.”

– “Nos opomos a todos os serviços oficiais de bem-estar, projetos de apoio e a todos os programas de ‘ajuda aos mais pobres’. Todos esses programas são paternalistas, atentam contra a privacidade das pessoas e não funcionam. A fonte correta de ajuda aos necessitados são os esforços voluntários de grupos privados e de indivíduos que se dediquem à caridade.” 

– “Exigimos a privatização de todos os mananciais de água e rios, e de todos os sistemas de distribuição que levam água a indústrias, à agricultura e aos lares.”

– “Exigimos a rejeição da proposta de lei “Segurança do Trabalho e Assistência à Saúde do Trabalhador” [orig. Occupational Safety and Health Act].”

– “Exigimos a abolição da Comissão de Proteção ao Consumidor”.

– “Exigimos o fim de todas as leis de usura que privilegiam o Estado.”

Quer dizer: a agenda dos irmãos Kock não visa apenas a extinguir o Obamacare, por lhe retirar todas as fontes de financiamento. A agenda dos irmãos Koch visa a pôr fim a todas as leis votadas e aprovadas ao longo de 80 anos nos EUA, para proteger a classe média, os idosos, as crianças, os doentes e os cidadãos mais vulneráveis dos EUA.

É claro que os irmãos Koch e outros bilionários de direita estão no controle do Partido Republicano.

E por causa da desastrosa decisão da Suprema Corte, que autoriza as grandes empresas a dar quantidades ilimitadas de dinheiro para campanhas eleitorais, eles agora podem gastar o quanto queiram para comprar a Câmara de Deputados, o Senado e o próximo presidente dos EUA.

Se forem deixados à solta para sequestrar o processo político nos EUA e cortar todas as vias de dinheiro que mantêm o Obamacare, em seguida voltarão, querendo mais. 

Amanhã será a Seguridade Social, o fim da assistência pública à saúde como a conhecemos, o fim do salário mínimo. Minha impressão é que os irmãos Koch não pararão, até conseguir tudo o que acham que merecem.

Nossa grande nação não pode ser sequestrada por bilionários de direita como os irmãos Koch.

Em nome de nossos filhos e netos, em nome de nossa economia, temos de fazer prevalecer a democracia.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A IMPORTÂNCIA DO ESTADO DO PARANÁ PARA BRASILIA.

terça-feira, 8 de abril de 2014

EUA ESTÁ POR DETRÁS DAS CONSPIRAÇÕES NA VENEZUELA

 Estados Unidos es responsable de las protestas en Venezuela, pues sus intereses en el petróleo venezolano están detrás de sus esfuerzos para promover la desobediencia civil en ese país suramericano, así denunció el lunes el presidente de Bolivia Evo Morales.
En sus declaraciones ofrecidas durante la inauguración de la reunión de la Unión Interparlamentaria (UIP) en la ciudad de Santa Cruz de la Sierra, este del territorio boliviano, Morales mencionó el cambio en la forma de operación del imperio para intervenir en países de Latinoamérica. 

“En lugar de promover golpes de Estado, como hacía antiguamente, ahora crea ingobernabilidad contra los presidentes antimperialistas con el objetivo de justificar después intervenciones militares y apoderarse de los recursos naturales”, apuntó. 

Sin embargo, aseguró Morales, el destino de esos intentos será el fracaso ya que el pueblo venezolano sabrá defender su petróleo. 

A este respecto, instó a la UIP a elaborar una resolución para defender la democracia en Venezuela y a favor del presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, pues “es un presidente de un gobierno democráticamente electo”. 

El presidente de Bolivia, también, destacó el proceso de lograr la liberación política y económica de América Latina y apuntó que se trata de la única vía de no quedar rezagada respecto a Estados Unidos y Europa. 

“En estos tiempos, en este nuevo milenio, no puede haber colonias en América Latina y el Caribe. Que algunas islas sean dependientes de Inglaterra o de algunos países europeos, que Malvinas sea una base de la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN) no lo compartimos”, enfatizó con respecto al caso de las islas Malvinas, afirmando que el archipiélago es y debe ser de Argentina. 

La reunión de la UIP, la cual cuenta con la asistencia de 83 parlamentarios de 23 países, se extenderá hasta el próximo miércoles, y busca analizar experiencias sobre la representación política de los pueblos indígenas y la protección de sus derechos.

TRADUZIDA ...

Estados Unidos é responsável pelos protestos na Venezuela , por seu interesse no petróleo venezuelano está por trás dos esforços para promover a desobediência civil no país sul-americano , denunciou nesta segunda-feira o presidente da Bolívia , Evo Morales. 

Em suas declarações dadas durante a abertura da reunião da União Inter- Parlamentar (UIP) , na cidade de Santa Cruz de la Sierra , no leste da Bolívia, Morales disse que a mudança no método de operação do império a intervir em países latino-americanos ."

 Em vez de promover golpes de Estado , como era antigamente , agora cria injustiça contra os presidentes anti- imperialistas para justificar intervenções militares e , em seguida, aproveitar os recursos naturais ", disse ele .No entanto, Morales disse , o destino destas tentativas será fracasso, porque o povo venezuelano saber defender seu petróleo .

 Neste sentido, ele pediu a UIP para desenvolver uma resolução para defender a democracia na Venezuela e para o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro , porque "ele é um presidente de um governo democraticamente eleito. "O presidente da Bolívia , também disse que o processo de obtenção de libertação política e econômica da América Latina e disse que esta é a única maneira de não ser ficar para trás os EUA ea Europa ."

 Nestes tempos , neste novo milênio, não pode haver colônias na América Latina e no Caribe . Algumas ilhas são dependentes de Inglaterra e alguns países europeus, Malvinas é uma base da Organização do Tratado (OTAN) não compartilham " , disse ele sobre o caso das Malvinas , alegando que as ilhas é e Argentina deve ser. 

A reunião da UIP , que é assistida por 83 parlamentares de 23 países , funcionará até a próxima quarta-feira, e tem como objetivo analisar as experiências de representação política dos povos indígenas e proteger seus direitos.